segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eternidade em movimento

Como posso não me apaixonar por você?
Cada movimento do arcabouço de sua alma inebria esse humilde ser
Esse infinito que se revela no seu sorriso
Essa eternidade expressa em seu olhar
Como não querer navegar em águas tão profundas?
O libertador movimento dos seus quadris
Provocam desejo
Quero mais e mais
Os seus cabelos ao vento
E o seu cheiro de flor
Semelhante às ondas do mar que desde o infinito almejam a praia
Ela dança pela vida e não se cansa de reconstituir-se
Ela é próprio verbo, é a própria carne é o verdadeiro AMOR.
Sou feliz, sou teu

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Por que essas duas mãos, só terão serventia se trabalharem noite e dia!

Eu só peço a Deus
Que eu tenha um coração sensível, olhos abertos e as mão sedentas para o Seu trabalho.
Que as mazelas humanas não me fragilizem ou me enfraqueçam. Ao contrario, que sirvam de combustível para busca incessante de aprofundamento na cientificidade psicológica sobre o cerne humano, onde mora os segredos da alma. Preserve-me ó Deus da paralisia e da inércia.
Que o meu coração pulse pelas necessidades do meu próximo. Amém!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fênix

Num belo dia de primavera
Ela decide começar a viver
Dessa vez, de maneira leve e livre
Diante das incertezas da vida
Ela o culpa
Por descortinar o novo mundo
Inacreditavelmente novo
Tudo mais claro, nítido e delicadamente feliz
Ela é só gratidão
Pela motivação externa
Que transformou o gosto amargo do passado em sonhos
Todos os sentimentos ambivalentes são acolhidos
Ela desacomoda-se
Leve como uma pluma
Provocada
Movimenta-se, e ressurge como pássaro da mitologia grega
Em seu lábios música e sorriso
E no seu ventre outros ares
Que a faz feliz, novamente.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A morte do amor

Ela chora
O amor acabou
Sim, em pleno dia, desfaleceu
Seu interior é só dor
Lágrimas escorrem em sua face
O amor já não está mais lá
Elanguescida
Melancólica
O irremediável se torna concreto
Solidão e saudade
Como haverá de se acostumar?
Misteriosamente há que se mudar: os rumos da vida e os sonhos
Quando menos se espera o mar se cala, o sol escurece
E o que era de melhor pra dar, se finda - mingua e morre
O canto se faz mudo
A gratuidade do amor se onera
Vira um perigo
A chama se apaga, simples assim
E, irremediavelmente - fim

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Voa beija-flor

Pássaro quer voar
Planar nesse imenso azul
Contemplar
Todas as cores da natureza
Passarinho que jaz preso
Hoje sonha com liberdade
Beija-flor beija a flor
Prova de seu néctar e, feliz, voa por ai!
Asas pra que te quero
Ele quer o sol em seus olhos
E muito vento a adentrar seu corpo
Nada de gaiola em nome de proteção
Só canto, de alegria e liberdade

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Deus, eu, e um mundo de possibilidades

Eu vi o céu se encontrar com a terra
Vi a lua beijar o lago
Vi águas se encontrarem numa grande magia
De cores, formas e cheiros
Vento no rosto
O tempo acelerado na ponte da vida
Eufórica
Desejo desmedido de eternidade
Emoção
Ali ao alcance das mãos
Mil e uma formas
Razão não
Só sensação
De liberdade, de respirar, de estar vivo
Dali tive uma certeza: Deus ainda acredita nos seres humanos
Pois manifesta sua bondade
Com chuva de amor e graça
Que respingam suavemente em meus olhos felizes
Mobilizada e instigada
Sinti vontade de voar
Um vôo longo e sem destino
Nas águas desse grande mundo-mar
Infinito para almas eternas.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Clarice Lispector

 Redondo sem início e sem fim, eu sou o ponto antes do zero e do ponto final. Do zero ao infinito vou caminhando sem parar.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Boff


O desejo torna dramática e, por vezes, trágica a existência.

Couraças

O tempo fechou
Nada parece ter sentido agora
O novo adentra meu consciente e me questiono sobre todas as origens
Viver, que maluco!
Reverbero e busco uma interpretação plausível para tudo o que há
Sinto que estou embevecida em uma gestação transcendental
Sou daqui, mais não pertenço aqui
Sou louca, sou sorriso e lágrimas escapam os meus olhos
São prisioneiras
Mera coincidência. Talvez.
Acho que sou eu a prisioneira aqui
Dentro de mim mesma.
São tantos medos...
É uma proteção só minha
Indecifrável e inconsciente
Prefiro parar por aqui
Sem delongas
A vida é o que é
MALUCA
e Eu, apenas uma passageira confusa
Não há o que questionar
Descer não dá
Devanear... é... devanear me tira da posição teoricamente segura
Por que o agora é se jogar de um precipício
Talvez eu tenha sorte... ou ASAS. Deus me ajude... Deus te ajude!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Resgate de Minh ‘alma

Ela é pura energia
Com sorriso nos lábios,
Flor no cabelo
E dois olhos que revelam sua áurea
Ela transborda delicadeza em seus movimentos femininos
É um anjo
Sua alma é translúcida
Seu foco, suas lentes,
Indicam novos caminhos para uma nova terra
Sua ternura, seu toque
Renovam meus sonhos
De menino
Encontro-a em mim em todos os detalhes
Difícil agora, viver sem as palavras desse querubim
Furto minha própria vida
Para (re) viver cada gesto dela.
Perto. Bem de perto

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Tempo: ele passa!

Folhas pelo chão
Vento batendo a janela
Devaneio sobre o tempo
Tempo que não pára
Que não volta
Desejos de reviver
Um tempo que passou
Emudeço
Ouvindo o nada
Querendo
Sentindo
O Tempo
Que não passa.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Espinhos

Olhei a grande lua
Misteriosa
Embalando São Jorge Guerreiro
Percebi a ausência de flores em minhas mãos
Não tenho vida pra doar
Sou mais complexa do que pensava ser
Diante de meus cacos
Acolhi todas as expectativas frustradas
Ego perfurado por espinhos
Meus mesmo
Das flores que dei
Da vida que compartilhei
Perdi o trem, estou sozinha na estação da vida
Mas, antes perder o trem
Que a própria vida.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Presente

Um dia eu vou acordar
E você vai estar lá
Bem ao lado
Como sempre tivera
Neste dia eu vou poder olhar em seus olhos
E contemplar o infinito
O meu infinito...
Cúmplice
Vou te amar
Com sentimento de eternidade
Serei toda sua
Partilharei a noite e o amanhecer
Quero dividir todos os meus momentos
Os meus melhores sorrisos serão teus
Serei você
Tão similar em escolhas
Você será eu
Semelhante nas vontades
Seremos uma só carne
E um só espírito
Para todo sempre.
Amém

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Simbora? Afinal: "Somos seres de possibilidades"

Vamos, permita que os pássaros do céu brinquem
Entre o seu medo e desejo.
De ousar, reviver, entregar-se
O desejo desafia
Mas o coração teme magoar-se
E se esquece
Que ao rio cabe o curso das águas
Que lapida pedras
Que transforma-as
E a vida vai transformando-nos
Hoje já não somos os mesmos de ontem
A vida abre mais uma janela
É uma chance de ser feliz
Na vida não há garantias
Permita-se!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Teimosa

Quero vento no rosto
Permito-me desequilibrar momentaneamente
Para mais tarde ter estabilidade
Olho para o novo dia
Sou cabeça dura.
Não adianta amedrontar. VOU SER FELIZ!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Se eu pudesse. Por Mahatma Gandhi

Se eu pudesse deixar algum presente à você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Provoca, Cortella. Pode provocar!

Janelas da alma

Os seus olhos
Transportam-me para além da felicidade,
Preenche-me de uma maneira delicada e constante
Faz-me ver o mundo ao longe com clareza.
Espiritualista, por tantas vezes agradecida
Pelo quase amor
Fugaz
Quase efêmero
Ah estes olhos
Que tantas vezes vão embora
E me deixa tão só, revivendo a doce troca de almas
De alguma maneira
Não posso prendê-los
Procuro entender
Almas se encontram
Se reencontram,
Afinal, são tantos planos celestes
Tanta liberdade e escolhas
E eu fico aqui
Unindo... reunindo delicadamente cada atitude de cumplicidade
Que fizeram desses olhos
Deliciosamente (des)necessários.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Amor No Éter

Há dentro de mim uma paisagem
entre meio-dia e duas horas da tarde.
Aves pernaltas, os bicos mergulhados na água,
entram e não neste lugar de memória,
uma lagoa rasa com caniço na margem.
Habito nele, quando os desejos do corpo,
a metafísica, exclamam:
como és bonito!
Quero escrever-te até encontrar
onde segregas tanto sentimento.
Pensas em mim, teu meio-riso secreto
atravessa mar e montanha,
me sobressalta em arrepios,
o amor sobre o natural.
O corpo é leve como a alma,
os minerais voam como borboletas.
Tudo deste lugar
entre meio-dia e duas horas da tarde.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Coração

Esse coração está despedaçado
Sangrando, machucado - Ele se sente o último
Vazio
Ah coração, tu hoje mais se assemelha ao choro de uma criança
Ao passarinho que alvejado, cai.
Mais que não se arrepende de ter-se arriscado
Hoje tu choras
Amanhã, tu se jogas rumo ao precipício
Como a criança, que sabe que um sorriso, anula a dor.
Como um passarinho, que sabe que tem asas para voar

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Indagação

Irrequieta e inquisitiva
Será que o caminho da macieira é o mesmo dos girassóis?
Será que as pedras e tropeços do percurso, são mesmo inevitáveis?
O fato é que não estou fadada viver de FIM
Sou o próprio caminho.
Não vivo de chegadas.

“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores” Cora Coralina

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Protesto

Eu digo que estou brava
E você se esconde
Fica tão bravo quanto
Acho que se esquece
Que tenho muitas forma de relevar-me
Idiossincrática
Inseparável das minhas experiências e convicções
Também não quero me separar de mim mesma
Tenho orgulho de ser quem sou
De ter me constituído como e no que sou
Não quero mais te agradar, não quero agradar o mundo
Injusto
Em seus julgamentos justos ou seria sujo?
Não quero mais sofrer repressão por ser quem sou
Por assumir que sou assim
Assim, eu!
Não é rebeldia é só  protesto
Silenciosamente, um protesto solitário.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Para o meu pai, meu velho, meu eterno amigo.

Saudades do tempo de menina
Que corria
Que sorria
Inocência
Incoerência
Ambivalência
Saudades dos olhos marejados
Esverdeados
Do colo
Do amor
Doce amor
Incondicional
Irreal
Surreal
Alento ao olhar para o céu... e lembrar da promessa
De que estaremos juntos
Como crianças
Em algum lugar

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Prece de Gabriela Mistral

Dai-me, Senhor, a perseverança das ondas do mar que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A vida como ela é!

Alegria de viver
Na simplicidade
Na contemplação de ínfimas manifestações divinas.
No perfume de uma rosa, no ar que involuntariamente adentra em meus pulmões.
No sorriso da criança, no passo apressado do trabalhador, nos pássaros que vem e vão, no vento, na chuva... ah a chuva! Quando está chovendo pressinto um convite divino para que todos se envolvam nela!
A natureza é uma grande sábia. Temos nela um grande manual de instruções de como viver mais e melhor.
Pense numa maçã vermelha, firme e suculenta. Análoga a vida, um dia ela foi semente lançada em um terreno fértil. Ela precisou de um espaço, adubo, luz, água, nutrientes. Nenhum desses elementos poderiam ter faltado ou passado do limite para que ela crescesse saudável. Mera semelhança com o amor?
Ele é uma sementinha tão frágil, precisa de um espaço, é o nosso coração. O adubo é a motivação para receber essa semente, é zelar, é dedicar-se, nem pouco, nem além do limite da liberdade. A luz é o espaço tênue entre um ser e o outro, quando diferenciam-se respeitosamente permitindo que os anjos do céu dancem entre os amantes, corroborando para que o desejo e a dedicação do cuidado produzam um bom fruto.
Que este fruto seja conservado com esmero para que nunca perca a viscosidade e beleza que a originou.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Quer ser feliz?


Sorria e toque as pessoas.
Olhe fixo no fundo dos olhos e deixe descortinar-se.
O amor precisa ser seu mantra.  Diga eu te amo se realmente sentir!
Ame mais!
Todos precisam de um porto seguro, ancore-se!
O amor é a maior experiência nutridora da vida. Por isso ame e deixe-se amar.
Não se permita injetar veneno veia adentro. 
A regra é ser feliz. 
O lugar é aqui e tem que ser agora!
Jogue-se.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ela resolveu se mudar!


Estou de mala pronta.
Quero viver dentro de você
Desfrutar seu interior e por lá fazer morada
Quero caminhar vida afora com você
De mãos dadas
Atenta
Quero esperá-lo quando diminuir o passo
Quero me embriagar no seu sorriso de felicidade
Todos os meus momentos serão seus
Ah menino, você chegou como quem não queria nada
E hoje faz parte do meu ser
Como é mágico e fácil amar você

terça-feira, 9 de agosto de 2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Será?

Irrequieta e inquisitiva
Será que o caminho da macieira é o mesmo dos girassóis?
Será que as pedras e tropeços do percurso, são mesmo inevitáveis?
O fato é que não estou fadada viver de FIM
Sou o próprio caminho.
Não vivo de chegadas.

“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores” Cora Coralina

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Aventura

Vamos brincar? Desafio você a tirar os calçados e a sentir a textura do piso ou da grama.
Vamos pegue suas espadas imaginárias para duelos de sorrisos.
Coloque folego dentro dos pulmões. É hora de coloca-los para trabalhar. Vamos sopre bolhas de sabão para brincarem com o vento. Vamos apressados por que quem conseguir estourar mais é o campeão.
Que tal comer Danoninho com o dedo, dando folga para as colherinhas, dispensando totalmente as formalidades da boa etiqueta?
Agora é a hora de ser velocista. Por que quem chegar por último é mulher do padre.
É a hora da guerra. Use toda sua inteligência, perspicácia e estratégia para dominar países e ser o vencedor do mundo colorido do war ou, o se tornar o rei das varetinhas coloridas.
Enfim. Chegou a hora da decisão. Atenção! Temos uma grande decisão a tomar. É de fato um grande problema. De que brincaremos? Pega-pega? Garrafão? Pique-alto? Mamãe da rua? Bandeirinhas? Pipa? Bilocas? Mais hoje, e sempre que quiser, não faça escolhas. Brinque e faça gestão do tempo como uma criança.
A regra é ser feliz. Gargalhe e canse o corpo e a mente com diversão. Todos os brinquedos desse grande playground-mundo já estão liberados pelo nosso Mestre.
Vamos, você é um grande artista. Faça arte. Transforme folhas brancas em paisagens coloridas e felizes, desenhos abstratos, formas e pessoas bem psicodélicas. Abuse das ferramentas: tintas, lápis de cores, giz de cera. É a hora do milagre da transformação. Vamos dar vida e cores ao nosso universo.
Que tal apostar corrida, andar de bicicleta, comer frutinhas no pé, sem ter a mínima preocupação com o que dizem os médicos e nutricionistas? Façamos pelo simples fato de termos uma alma que já nasceu sabendo que praticar esportes e ter uma boa alimentação não necessita de prescrição. Muito menos para saber que a liberdade do corpo, a diversão e o afeto são fundamentais para a saúde do corpo e da mente.
Levante-se! Demos as mãos! Estendamos as aventuras da infância para nossa vida adulta e também para a vida de nossas crianças. Que tal começar agora mesmo?

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Palavra viva

O amor se fez carne
É palavra que alimenta
Envolve corpo e alma
O amor é poesia
É som de flauta doce
Ele é uma criança arteira
É rima, é sorriso espontâneo
O amor é ilusão; é sonho
É transpiração, construção e muita, muita dedicação.

Arrique-se!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

É saudade dentro do peito

A saudade anda espreitando
Magoando o coração
É lembrança do passado
Bem na palma da minha mão
Do nada à varanda
A saudade é construção
É amor que tem pressa
Que aquece a minha prece
De que chegue logo o dia
De poder olhar nos seus olhos e dizer-te o quanto o adoro
Com calor e emoção

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Palavra-entorpecente

Quero que minhas palavras voem
Que ecoem,
Que vivam
E que vivendo se eternize
E que se transforme na medida da necessidade do leitor
Que se transforme em sonhos palpáveis e muitos desejos
Que traga a adrenalina da montanha russa
E frio na barriga
Quero que sejam devoradas
E que mate a fome e a fragilidade
Quero que impulsione muitos pensamentos e insight
E muitas confusões
Desejo que desestabilize a tranquilidade
Para que assim, tudo possa voltar a normalidade
E que em sua pureza, possa fazê-los perder a noção do tempo
E que te permitam nadar entre as estrelas
E que te deem fome para devorar o ócio
E que te traga a luz os segredos do inconsciente

quinta-feira, 28 de julho de 2011

De que me adiantaria ter asas se não pudesse voar?

Queria ser como um pássaro
Saltar rumo ao infinito, abrir as asas e voar nesse imenso céu azul
Ah que inebriante seria sentir o vento adentrar em meu corpo
Envolvendo, fazendo amor
Como é bom estar vivo,
Como é bom ser livre e poder voar
Atritando com o vento

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Servo

Seus passos são leves
Como os dos anjos do céu
Seu movimento é alvorada
É feitiçaria
Tem o dom de navegar em meus sonhos
E iluminar meus dias com seu sorriso
Ela é luz, sol e calor
Vivo encantado e inebriado com o sabor desse amor
Faça de mim seu escravo
Servo eternamente apaixonado

O tempo é relativo

Enquanto trabalho, o tempo parece pairar como uma névoa densa sobre minha cabeça.
Se tenho liberdade de ir e vir, sou como uma criancinha, para a qual, um mês pode demorar muitos anos pra passar.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Tenso

Quando menos esperamos, tudo (des) muda. Coisas da vida. Penso que Deus deve se divertir com suas criações. Só sei de uma coisa, gosto de mudanças. Que venha!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Sim, eu posso!

Eu quero a liberdade de um sorriso no rosto.
Eu quero a intensidade dos momentos passageiros da vida.
Sim, eu quero!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Martha Medeiros - Divã

Se era amor? Não era. Era outra coisa. Restou uma dor profunda, mas poética. Estou cega, ou quase isso: tenho uma visão embaraçada do que aconteceu. É algo que estimula minha autocomiseração. Uma inexistência que machucava, mas ninguém morreu. É um velório sem defunto. Eu era daquele homem, ele era meu, e não era amor, então era o que?
Dizem que as pessoas se apaixonam pela sensação de estar amando, e não pelo amado. É uma possibilidade. Eu estava feliz, eu estava no compasso dos dias e dos fatos. Eu estava plena e estava convicta. Estava tranqüila e estava sem planos. Estava bem sintonizada. E de uma dia para o outro estava sozinha, estava antiga, escrava, pequena. Parece o final de um amor, mas não era amor. Era algo recém-nascido em mim, ainda não batizado. E quando acabou, foi como se todas as janelas tivessem se fechado às três da tarde num dia de sol. Foi como se a praia ficasse vazia. Foi como um programa de televisão que sai do ar e ninguém desliga o aparelho, fica ali o barulho a madrugada inteira, o chiado, a falta de imagem, uma luz incômoda no escuro. Foi como estar isolada num país asiático, onde ninguém fala sua língua, onde ninguém o enxerga. Nunca me senti tão desamparada no meu desconhecimento. Quem pode explicar o que me acontece dentro? Eu tenho que responde às minhas próprias perguntas. Eu tenho que ser serena para me aplacar minha própria demência. E tenho que ser discreta para me receber em confiança. E tenho ser lógica para entender minha própria confusão. Ser ao mesmo tempo o veneno e o antídoto.
Se não era amor, Lopes, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não sabe se vai ser antes ou depois de se chocar com o solo. Eu bati a 200Km/h e estou voltando a pé pra casa, avariada.
Eu sei, não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez seja este o ponto. Talvez eu não seja adulta suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, Lopes, de acreditar em contos de fadas, de achar que a gente manda no que sente e que bastaria apertar o botão e as luzes apagariam e eu retornaria minha vida satisfatória, sem seqüelas, sem registro de ocorrência?
Eu nunca amei aquele cara, Lopes. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada. Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, era sacanagem. Não era amor, eram dois travessos. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor."