terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Amor No Éter

Há dentro de mim uma paisagem
entre meio-dia e duas horas da tarde.
Aves pernaltas, os bicos mergulhados na água,
entram e não neste lugar de memória,
uma lagoa rasa com caniço na margem.
Habito nele, quando os desejos do corpo,
a metafísica, exclamam:
como és bonito!
Quero escrever-te até encontrar
onde segregas tanto sentimento.
Pensas em mim, teu meio-riso secreto
atravessa mar e montanha,
me sobressalta em arrepios,
o amor sobre o natural.
O corpo é leve como a alma,
os minerais voam como borboletas.
Tudo deste lugar
entre meio-dia e duas horas da tarde.

3 comentários:

  1. Kelly,
    Esse horário é mesmo digno de reverência, nele podemos alimentar o coração com ambrosia, o manjar dos deuses, o corpo com o néctar do amor e queimar na vela do desejo toda energia transbordante...
    Bjs

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  2. Hoje tudo pode mudar, inclusive nossos planos. Leia com o olho do Eterno e veja com a alma livre de ressentimentos. Espero que atenda ao grito calado da dor de quem errou, mas, ama tanto que o acerto é certo. Feliz será!

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