segunda-feira, 21 de maio de 2012

A vida não tem porquês...

Hoje pela manhã, recordei de um pensador americano que diz “que as flores não têm por quês, floresce por que floresce”.
Cheia de inquietações dentro de mim, não tive como escapar dos meus por quês. Mas, ao mesmo tempo, sinto-me repetitiva, muito redundante. São minhas velhas indagações sobre o processo de vida... de viver. Nem tive vontade de registrar aqui.
De onde vêm as flores que florescem sem porquês? Ok... De onde vem a semente? Como se forma uma vida no corpo de uma mulher? Aqui, nem me refiro a alma.
Qual a distância entre o sofrimento e a negação deste? Como se calcula?
E a alma humana, que se esconde dentro do corpo, de que tem medo?  Qual a sua coragem? De qual fonte se alimenta e sacia a sede?
Qual mistério da rotação da terra? E a translação?  Quem sou eu? Mal consigo responder sem fazer referencia ao social, ao comunitário aos amigos e familiares que ajudaram na constituição de minha personalidade. Mas, de onde viemos afinal? Quem é você? E qual minha participação em sua constituição? Por que nos atritamos vida a fora?
Por que caminhamos em círculos? Onde nossos pés nos levam? Por que somos cíclicos? Onde iremos chegar? E como chegaremos? 
Oh céus! Quanto tempo investido em  busca de respostas... sei que não existem respostas. Cada pergunta leva a outra pergunta. Não tem fim! São as eternas perguntas... Por que sou tão teimosa na busca de sentido?
Quanto tempo demora uma semana pra quem espera por uma cirurgia vital a continuação da vida? Quanto tempo demora minutos para uma mulher que está dando a luz a um bebê? Quanto tempo demora 30 dias? E um ano pra quem sente saudade?
Por que estamos ligados uns aos outros? Por que nos conhecemos, nos reconhecemos e vivemos nos esbarrando? Corpo. Somos órgãos e tecidos. Somos um grande vaso comunicante. Somos húmus. Somos água. Choramos de alegria e de tristeza.
Estamos soltos nesse grande azul? Ou estamos presos?
Sou livre? Somos livres? Ou somos todos prisioneiros?