segunda-feira, 13 de junho de 2011

Vida corrida!

Ela acordou a ponto de quebrar o despertador. Sentia-se cansada ainda. Correu pra o seu banho matinal e sobrou pouco tempo para se vestir, terminou de abotoar a camisa e colocar os brincos no caminho. Os olhos pareciam pesados, lançou mão de um escuto de lentes, enquanto pensava: tomara que não me vejam atrás desses óculos.
Dirigia e por pouco não grita com um motorista pouco cauteloso, reprovando sua direção perigosa. Ligou o rádio, escutava a melodia e divagava sobre a vida em seus pensamentos, chegando a sussurrar algumas palavras, como se conversasse consigo mesma.
No embalo da canção contemplou o céu azul e alguns pássaros passavam apressados. Sentia-se feliz naquele momento por fazer parte desse grande universo azul. Como gratidão elevou uma prece á Deus agradecendo pela sua bondade, pelo dom da vida, pela saúde do corpo e da alma. Ela estava voando no imenso azul, com o corpo preso ao veículo.
Voltando a consciência ligou-se novamente ao trânsito e percebeu que já estava se aproximando do local de trabalho. Tempus Fugit pensou, passando os olhos em outra direção, se deu conta de havia um homem no carro ao lado a observá-la. Sorriu. Ele também sorriu e disse: Bom dia! Ela ainda distraída, assentiu com a cabeça. Até que o sinal abriu, e seguiram seus caminhos.
Ao estacionar seu carro ela se deu conta do quanto era feliz. Mesmo diante de tantos compromissos e responsabilidades.
Sim, a vida vale a pena. Sorrir vale a pena.

Um comentário:

  1. Ah se vale! Não tenho dúvida.

    ps.: ainda existem homens de bom gosto no trânsito.

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