terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Dia confuso

Parei. Fiquei olhando o horizonte...   fitando o nada
Era uma manhã diferente, um dia que se mostrava insistentemente confuso.
Tive um dèjá vu
Tentei conter a recordação, mas inevitavelmente lembrei-me de um momento com ele.
Sorriso no rosto parecia um menino.
Mas o toque ousado não deixava enganar sua maturidade de homem. O manejo despretensioso e preciso, os seus beijos que aqueciam meu corpo, fazendo-o vibrar.
Subitamente meus pensamentos foram interrompidos pela buzina do carro que vinha pela rua.
Impossível olhar pra trás e não sorrir
Parada ali na rua, embevecida nas lembranças e revivendo o passado em fração de segundos, como num piscar de olhos. Doida, penso e sorrio caminhando solitariamente rumo ao meu destino.
Acho que é por isso que somos chamados de “superiores”. Esse negócio de reviver... Isso é totalmente humano, essa coisa de viver o passado novamente cheio de interferências oportunas, com um toque do artista que não quer desapontar.
Não consigo recordar e não sorrir dos beijos com sorrisos. Assim mesmo. Sorrindo e beijando e sentindo e vivendo e convivendo.
É assim que passei o dia todo, revirando memórias e acontecimentos pra ver se conseguia trazê-lo pra perto de mim novamente. Ainda que em pensamentos.
Estranho como o dia termina como começou... confuso!

Um comentário:

  1. Oi Kelly,
    Alguns beijos tem gosto de nós mesmos, por isso nunca nos sai dos lábios, pois tatua-nos o coração.
    Abç

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