quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Espinhos

Olhei a grande lua
Misteriosa
Embalando São Jorge Guerreiro
Percebi a ausência de flores em minhas mãos
Não tenho vida pra doar
Sou mais complexa do que pensava ser
Diante de meus cacos
Acolhi todas as expectativas frustradas
Ego perfurado por espinhos
Meus mesmo
Das flores que dei
Da vida que compartilhei
Perdi o trem, estou sozinha na estação da vida
Mas, antes perder o trem
Que a própria vida.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Presente

Um dia eu vou acordar
E você vai estar lá
Bem ao lado
Como sempre tivera
Neste dia eu vou poder olhar em seus olhos
E contemplar o infinito
O meu infinito...
Cúmplice
Vou te amar
Com sentimento de eternidade
Serei toda sua
Partilharei a noite e o amanhecer
Quero dividir todos os meus momentos
Os meus melhores sorrisos serão teus
Serei você
Tão similar em escolhas
Você será eu
Semelhante nas vontades
Seremos uma só carne
E um só espírito
Para todo sempre.
Amém

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Simbora? Afinal: "Somos seres de possibilidades"

Vamos, permita que os pássaros do céu brinquem
Entre o seu medo e desejo.
De ousar, reviver, entregar-se
O desejo desafia
Mas o coração teme magoar-se
E se esquece
Que ao rio cabe o curso das águas
Que lapida pedras
Que transforma-as
E a vida vai transformando-nos
Hoje já não somos os mesmos de ontem
A vida abre mais uma janela
É uma chance de ser feliz
Na vida não há garantias
Permita-se!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Teimosa

Quero vento no rosto
Permito-me desequilibrar momentaneamente
Para mais tarde ter estabilidade
Olho para o novo dia
Sou cabeça dura.
Não adianta amedrontar. VOU SER FELIZ!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Se eu pudesse. Por Mahatma Gandhi

Se eu pudesse deixar algum presente à você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Provoca, Cortella. Pode provocar!

Janelas da alma

Os seus olhos
Transportam-me para além da felicidade,
Preenche-me de uma maneira delicada e constante
Faz-me ver o mundo ao longe com clareza.
Espiritualista, por tantas vezes agradecida
Pelo quase amor
Fugaz
Quase efêmero
Ah estes olhos
Que tantas vezes vão embora
E me deixa tão só, revivendo a doce troca de almas
De alguma maneira
Não posso prendê-los
Procuro entender
Almas se encontram
Se reencontram,
Afinal, são tantos planos celestes
Tanta liberdade e escolhas
E eu fico aqui
Unindo... reunindo delicadamente cada atitude de cumplicidade
Que fizeram desses olhos
Deliciosamente (des)necessários.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Amor No Éter

Há dentro de mim uma paisagem
entre meio-dia e duas horas da tarde.
Aves pernaltas, os bicos mergulhados na água,
entram e não neste lugar de memória,
uma lagoa rasa com caniço na margem.
Habito nele, quando os desejos do corpo,
a metafísica, exclamam:
como és bonito!
Quero escrever-te até encontrar
onde segregas tanto sentimento.
Pensas em mim, teu meio-riso secreto
atravessa mar e montanha,
me sobressalta em arrepios,
o amor sobre o natural.
O corpo é leve como a alma,
os minerais voam como borboletas.
Tudo deste lugar
entre meio-dia e duas horas da tarde.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Coração

Esse coração está despedaçado
Sangrando, machucado - Ele se sente o último
Vazio
Ah coração, tu hoje mais se assemelha ao choro de uma criança
Ao passarinho que alvejado, cai.
Mais que não se arrepende de ter-se arriscado
Hoje tu choras
Amanhã, tu se jogas rumo ao precipício
Como a criança, que sabe que um sorriso, anula a dor.
Como um passarinho, que sabe que tem asas para voar