quarta-feira, 27 de abril de 2011

Consumida

Ta decretado
Ta concluído
Definitivamente
Eu não sou daqui
Cabe exaurir reflexões
Como pode?
Ah! Eu não vou mesmo nada bem. Batendo cabeça aqui e ali, ontem, hoje e possivelmente amanhã.
Sinto-me escoar, desvencilhando insistentemente involuntariamente de mim mesma
Escapo por entre meus próprios dedos
Sou grão de areia nessa grande praia da vida
Sou vento que passa
Sou brisa rápida
Sinto-me fagulha
Estou a procura
De encontrar-me
Centralizada
Energizada
Abastecida
Saudade do sorriso largo
Que a muito não vejo
Transbordando alegria
Feliz pelo simples fato de existir
Tantos compromissos me transpõem para além da minha essência
E o tempo de modo misterioso me envolve, me consome.
Quero tirar daqui
Esse grito reprimido
Que complicado esse exaustivo vendaval que se instalou em mim
Confuso por não poder abrir mão da minha própria vida trovoada
Sou mundo, sou oceano, sou alga, sou nada
Vontade de reencontrar-me
Simplesmente encontrar-me
Em qualquer lugar no universo
Ah! Me encontrarei ou me perderei de vez
Estou entrelaçada, envolvida, absorvida, imbuída por esse grande planeta mundo que teima em consumir-me o tempo, a vida efêmera.
Sinto falta do olhar idiossincrático, voltado para os desejos do meu self.
La, absorta em mim mesma sentia meu pulsar. Sou ar! Sou passageira. Sou chuva fina, sou tempestade.
Comporto em mim a ambivalência de todos os sentimentos universais. Tudo visceralmente amalgamado aqui dentro. Absorvo a dor, a cor, o amor.
Eu sou o próprio amor...
Sou o próprio desede de ser uma pessoa melhor pra mim e pra você.

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